quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Quando nasce uma mulher


Confesso que fiquei certo tempo para escolher o texto introdutório deste artigo, isso porque não sabia, exatamente, como é nomeada a fase que descrevi no texto, talvez seja porque não considero isso uma passagem, evolução ou, até mesmo, uma fase. Contraditoriamente, escolhi a palavra "vira" porque acredito que nem todas as meninas podem virar mulheres.

Sempre tive a curiosidade de saber quando nasce uma mulher. Não aquelas generalizadas histórias de cegonhas, sementinhas, ou qualquer outra invenção criada para por fim ao entusiasmo das crianças em querer saber sobre um assunto proibido para menores; mas sim, quando uma menina que adorava a cor rosa - nada contra a cor, no entanto ela representa muito bem essa narrativa -, sonhava por seu príncipe encantado e, sobretudo, pensava em ser uma grande popstar, passou de menina a mulher.

Seus planos não são mais os mesmos, sua ideologia mudou e já não é tão influenciada pelos atos de outras pessoas. Possui uma personalidade forte e demonstra que a menina que seguia os passos da mãe começou a criar o seu próprio caminho. É sensível; no entanto, ainda busca o seu lugar ao Sol. Não depende mais de uma figura masculina, nem mesmo para reforçar o seu ego polido. Qualquer coisa que faça não é mais por elogios, mas sim pelo seu próprio conhecimento e desenvolvimento pessoal.

Não é mais dona de casa, mas sua essência, embora mal-desenvolvida, ainda continua lá. Sabe que os seus pensamentos são de suma importância para a sociedade em que vive, sobretudo, que o seu detalhismo é um propulsor para o desenvolvimento das pequenas coisas que constituem o todo.

Incrível é quando temos que reverenciá-las ou, pelo menos, fazer de conta que elas são o que na verdade já é fato há muito tempo. Meninas que se tornam verdadeiras mulheres é um tanto quanto difícil de encontrar, até porque não há manual de instrução dando coordenadas para se tornar uma, simplesmente, porque se existisse certamente haveriam feministas distintas e destacadas.

Por isso, coloco em evidência que verdadeiras mulheres não são aquelas que têm um corpo perfeito, frases feministas ou que satisfazem seus maridos, mas sim aquelas que têm essência de mulher, pensamento crítico e evoluído, sobretudo, que tenham um dom especial, o de ter quebrado paradigmas que serviriam, até então, para a sua extinção.

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