quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010



Saudades...



O que mais me surpreende no mundo é o ser humano, a mente e o coração. Me espanta ver que o mais fácil e o mais utilizado é jogar para cima dos outros a culpa e as responsabilidades; Que é mais prático empurrar para o primeiro otário os seus erros do que voltar atrás e corrigi-los. Os presos dizem que se estão presos, a culpa é da sociedade que não lhes oportuniza uma vida melhor. Os pais negligentes e irresponsáveis dizem que são as más companhias que influenciam a cabeça de seus filhos, guiando-os para atitudes radicais. Os garotos adoram culpar as garotas pelo término dos relacionamentos, principalmente quando eles acabam por merecer e elas por agir. As meninas, por sua vez, culpam o mundo por seus desejos consumistas e suas atitudes dramáticas. As escolas culpam o governo, o governo culpa a população, e a população culpa as escolas.

Até quando vai ser assim?

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Ursinho de dormir.

Sem o velho clichê.
A verdade é que eu sinto a tua falta.
E ponto.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Fiquei me perguntando, sábado, depois de assistir a Sherlock Holmes, se não era a Madonna que trazia uma maré de azar ao Guy Ritchie. Quem não se lembra de 'Swept Away', quando o casal foi duramente criticado e até taxado de ridículo? Pois é, eu desconhecia mais a fundo o trabalho do diretor inglês e acabei por chegar a essa conclusão. Lástima! O Guy não deixa nada a desejar. Sherlock Holmes, personagem principal do seu trabalho mais recente, é construído como um cara profundamente observador, cínico, excêntrico, autodestrutivo e, diante de sua obsessão por desvendar mistérios, também um cientista maluco. Logo nas primeiras cenas, percebe-se que Robert Downey Jr. foi perfeitamente escolhido para o papel. A soma das deduções quase instantâneas do detetive com o seu vigor físico - sim, ele também luta que é uma beleza -, ao saber exatamente os pontos fracos do seus adversários, gopleando-os certeiramente, conferem uma elegância e agressividade incríveis ao personagem. Talvez esse seja um dos grandes acertos de Ritchie e sua equipe. Por outro lado, as excessivas cenas de luta conferem ao longa um ar maior de 'filme de ação'.

O principal caso de Holmes deixa qualquer um deslumbrado com sua inteligência e perspicácia, mas também são de impressionar, na mesma medida, as motivações e métodos do malvado e demoníaco Lorde Blackwood. Há inúmeros mitos sobre uma possível relação amorosa entre o detetive e seu fiel parceiro, o dr. Watson (interpetrado também de forma brilhante por Jude Law). A dinâmica - ou camaradagem - entre os dois, inlcusive, é outro ponto forte do filme. Se você vai ao cinema sabendo desse possível relacionamento percebe, nas entrelinhas, que há um fundo de verdade. Principalmente na cena em que eles praticamente discutem a relação. O ciúme de Sherlock quanto à noiva do seu amigo é claro. E quando ela diz saber que o detetive gosta do médico tanto quanto ela, você tem o xeque-mate. O filme é excelente. Ponto. E se houver mesmo uma continuação, como andam dizendo, que Guy Ritchie supere nossas expectativas. Desde que, obviamente, Madonna continue longe.

As vezes eu imagino seu rosto, seus olhos azuis escuros que se tornam meu oceano quando estão marejados, ou então claros, formando um céu sem nuvens em meio a sua maior felicidade. Enrolando os meus cachos nos dedos, despreocupadamente, fico a pensar como são os teus cabelos, mas apenas consigo recordar-me do teu olhar que segurava o meu em um silencioso “não me deixe”. Você não deve lembrar de mim, minha pequena. Não deve me conhecer, não deve possuir fotos e nem mesmo saber que temos o mesmo sangue, mas não consigo esquecer-me de ti. A cada noite, fria ou quente, tua face toma conta dos meus sonhos... Teus olhos, tão azuis, me deixam sim transtornada. Você está bem? Feliz? Viva? Teria sido melhor? Teria sido pior? Ainda chuta com toda aquela força? A sua risada ainda é doce? O seu choro ainda é constante nas noites de chuvas, assim como o meu? Algum dia vai estar novamente em meus braços?
- A cada dia você é mais bonita.
- Exagero seu... Nem sou tão bonita assim.
- Meu amor, até as flores do jardim perdem para você.
- Diga querido, o que você ama em mim?
- Amo quando você acorda, o seu sorriso, as covinhas na sua bochecha, os seus olhos...
- Não, querido... Quero saber o que você realmente ama em mim. Sem essas baboseiras melosas.
- Bom... Esses seus peitões, essa sua bunda, o jeito como aqueles velhos me olham quando levo você nos bailes, e também quando monto em você.
- Hum... Gosto dessa sua sinceridade.
- E você?
- Eu? Eu amo o Mercedes na garagem, esses diamantes nos meus dedos e o seu cartão de crédito sem limite. E, só mais uma coisa: odeio esse seu pinto mole que só levanta com viagra.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Temperatura Ambiente: 37 °c
Sensação Térmica: 45 °C (ok, é só 42 °C. SÓ!!!)
Humor: Negro.
Sorriso: Falso.

Há exatos cinco dias sem internet. Há exatos dez dias com dor de garganta. Faltando... uma semana para o pagamento (?) é isso mesmo? Tentando fazer a ***** da rádio UOL funcionar, uma vez que é a única ***** que funciona aqui %$#@!!@#$ E deixa eu relatar a melhor parte: EU NÃO VOU MAIS TER FÉRIAS.

Com saudade da Cris, do Deco, da Babbie e de mais uma penca de gente. Com saudade da minha vida tranquila. LOL com saudade da dona Larissa que só me mete em furada.
Tipo... “mas tá tri... desandou a me ligar e eu PUUUUM na cara dele” é só ela que sabe dizer.

Um calor dos infernos e eu no Gabinete, ouvindo presos idiotas e aguentando o mau humor dos outros (COMO SE O MEU JÁ NÃO FOSSE SUFICIENTE). Minha mãezinha que não foi adestrada não para um minuto se quer de me incomodar, e como se isso não fosse o suficiente, eu ainda consegui arrumar mais problemas para a minha vida pacata e segura.

Se alguém quiser trocar de lugar comigo, sim, eu aceito.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

E tudo tem que recomeçar... De um começo, é claro.
Ando ausente por uma série de motivos, e não tenho tempo neste instante para explicá-los, mas logo retomarei o post e entrarei em detalhes.

AUSÊNCIA

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

Carlos Drummond de Andrade