domingo, 13 de junho de 2010

Post de dia dos namorados (atrasadinho)

Quando se acaba um grande amor, as impressões residuais, inclusive as manifestações físicas delas decorrentes, sequestram os pensamentos, não precisa que a gente se recorde do ex, o córtex pré-frontal traz à tona as lembranças da relação perdida, mesmo que a pessoa não faça mais parte da sua vida.
É tão grande o dano causado a uma pessoa que terminou uma relação de amor, que dificilmente ele se apagará.
O que remete ao risco que todo grande amor encerra: o do fim. Encerrar um caso de amor, portanto, não é dar fim à dor. É dar trânsito a ela com o distanciamento.

Que o texto acima é do Paulo Santana, nós sabemos. Mas de fato, tudo o que nele é retratado eu não tomo como verdadeiro, talvez como realista demais, fantasioso e dramátizado, mas não como verdadeiro. Porque amor grande, amor que é amor, seja amor de amigo ou amor de amante, não termina assim. Não se apaga, realmente. Mas não fica dor e sim lembranças boas. E aqui fica uma música do Vinícius de Moraes que acredito que traduza o que tentei falar em poucas palavras.

“Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe que a distância não existe
Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste
Por isso, meu amor
Não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos
Me encaminham pra você

Assim como o oceano
Só é belo com luar
Assim como a canção
Só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem
Só acontece se chover
Assim como o poeta
Só é grande se sofrer
Assim como viver
Sem ter amor não é viver
Talvez até haja você sem mim
Mas eu não existo sem você

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