sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Talvez eu não seja adulta o suficiente para brincar tão longe do meu patio, do meu quarto, das minhas bonecas. É o que Martha Medeiros diz em “Não era amor, era melhor”. Concordo. Nunca sabemos o quão fortes somos para determinadas situações. Não me entendam mal, mas não falo de amor, nem de paixão e não me refiro ao sexo. Falo da vida. Das situações eventuais, ou não, que nos pegam de surpresa e que nos fazem ficar com cara de pastel. Martha não diz que o grande erro de cada um é valorizar demais os que não valem absolutamente nada. Enganar-se é algo comum. Ontem mesmo minha amiga disse que havia enganado-se com uma amiga dela. Uma menina que eu conheço se engana sobre o namorado. Um menino que eu conheço se engana sobre a namorada. Eu me engano sobre muitas pessoas, até com aquelas que eu nem teria o porquê de me enganar. Mas não são elas que me enganam, sou eu. Eu finjo que tudo está bem, eu finjo que elas gostam de mim, eu finjo que amanhã tudo vai dar certo. Eu. A culpa é inteiramente minha. Eu sou a idiota que nunca deveria ter brincado longe do meu pátio, do meu quarto, das minhas bonecas.

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