sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Aprendi a ler, escrever e efetuar cálculos aos 4 anos. Meu avô, pessoa simples, porém esforçada, me ensinou com muita paciência e motivação. Tamanho foi o choque da minha mãe quando dois dias após completar cinco anos eu entrei no quarto dela chorando porque não conseguia resolver uma multiplicação do tipo 7524x2135. Ela quis matá-lo. Hoje, mais do que nunca, eu o agradeço por isso, mentalmente e de coração. Sei que se ele estivesse aqui comigo eu seria, com toda a certeza, uma pessoa bem melhor do que a que me tornei. Sei que ele não me permitiria desistir dos meus objetivos, faria com que eu estudasse mais, com que eu observasse mais, e construiria uma estrutura maior na minha vida. Sei que passamos bons momentos juntos... E que riscar o rosto da minha boneca nova fazia parte do aprendizado, pois somente assim ela seria a “Isabella” da novela. Sei que minha mãe ficou braba, e que até hoje minha irmã me xinga, mas né... Bonecas se foram e o momento ficou.

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